Mark Blyth
Auteur van Austerity: The History of a Dangerous Idea
Over de Auteur
Mark Blyth is Professor of International Political Economy at Brown University.
Werken van Mark Blyth
Great Transformations: Economic Ideas and Institutional Change in the Twentieth Century (2002) 66 exemplaren
Routledge handbook of international political economy (IPE) : IPE as a global conversation (2009) 7 exemplaren
Print Less but Transfer More: Why Central Banks Should Give Money Directly to the People [journal article] 1 exemplaar
2017 Work Programme : Global Trumpism 1 exemplaar
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Algemene kennis
- Geboortedatum
- 1967-09-29
- Geslacht
- male
- Nationaliteit
- UK
- Geboorteplaats
- Dundee, Scotland, UK
- Opleiding
- Columbia University (PhD - Political Science)
- Beroepen
- political scientist
university professor - Organisaties
- Brown University (Watson Institute for International Studies)
Johns Hopkins University
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Apesar de tudo o autor é bondoso: pressupõe a bondade dos defensores da austeridade. Quanto a mim, parece-me que a austeridade se destina a cumprir um objectivo político.
A crise actual é uma crise de alavancagem dos bancos transviada em crise da dívida soberana. Os responsáveis ficam impunes e os inocentes são punidos. Muitas ideias interessantes.
As ideias de Keynes foram resgatadas nos nãos 80 por causa da “estagaflação” – aumento simultâneo de desemprego e de inflação.
As ideias neoliberais de Friedman e outros tiveram o apoio da alta finança, pois justificavam a desregulamentação. Tornados demasiado poderosos, os banqueiros apoderaram-se do poder político. Quando a crise surgiu, primeiro transferiram o prejuízo par o Estado, depois transferirem a culpa afirmando que o Estado gastara demasiado. O sistema neoliberal deveria ter colapsado juntamente com a sua base teórica, mas continua a corresponder aos interesses da banca. Como não há verdadeiros estadistas, ainda se mantém. Até quando?
Explicar a origem da crise na zona euro, não é fácil! E compreendê-la ainda o é menos! Certo é que não foi por “vivermos acima das nossas possibilidades”. Tudo começa e acaba nos bancos: passa por elevadas alavancagens, derivados e outras actividades especulativas. Só não compreendo qual era o problema de deixar falir os bancos.
A austeridade agravou a crise americana durante a grande depressão. O New Deal, com a aplicação das ideias de Keynes, por outro lado, obteve resultados fantásticos. Enquanto em 1940, os EUA já eram um colosso industrial e financeiro, o Reino Unido e a França, que insistiram na austeridade, continuavam em depressão. Este facto deveria ser suficiente para que não se voltasse a falar em austeridade. Além disso, o Reino Unido e a França que entraram na II Guerra em austeridade e “crise”, durante o conflito esta desapareceu como que por magia, mostrando que a crise não só era artificial como também que a austeridade era desnecessária.
Os conservadores argumentaram que a austeridade falhou porque a empresa dera lugar ao conglomerado e o empresário cedeu a primazia ao gestor. Este é o tecido económico actual, portanto, mais um motivo para não se falar de austeridade.
Interessante o que aconteceu entre guerras nos EUA, Reino Unido, Alemanha, Suécia, França e Japão. Todos passaram por políticas de austeridade e em nenhum deles tais políticas deram os resultados esperados. EUA e Suécia mudaram d política e ultrapassaram a crise. Alemanha e Japão viram surgir regimes belicistas que terminaram a crise num ápice. O Reino Unido saiu rapidamente da crise após o começo da guerra. A França claudicou na guerra em consequência da austeridade.
Mesmo o caso dos REBELL (Bálticos mais Roménia e Bulgária) e a sua reacção à crise de 2008, não prova o êxito da austeridade. É certo que após e só após a austeridade voltaram a crescer, mas menos do que cresciam antes. Além disso, a sua dívida externa aumentou imenso com a austeridade, no caso da Letónia quadriplicou.
Interessante a comaparção da Irlanda com a Islândia. A situação da Islândia era mais grave do que a da Irlanda. Talvez por isso não tenha havido resgate dos bancos. Porém, como os caminhos escolhidos foram diferentes, os resultados também foram diferentes.… (meer)