Este é um livro muito interessante que estava na minha estante havia cerca de catorze anos, até que, finalmente, me decidi a lê-lo. No quarto ano de História já tinha lido uns trechos aqui e ali, conforme as necessidades académicas exigiam, e dessas leituras resultara a observação que a obra era interessante e justificava uma leitura de fio a pavio, quando para isso tivesse disponibilidade. Esse momento chegou em 2013. Entretanto, procurei noutros livros respostas às questões de ideologia política contemporânea; a sua historicidade, evolução e princípios. Nunca neles encontrei resposta cabal às minha dúvidas, até que li este livro.
Este livro podia ter por título “História Contemporânea sob a luz da ideologia política” ou “História das ideias políticas contemporâneas”. Os factos, personagens e economia têm pouco peso nesta obra, que vê a História não sob a luz dos acontecimentos políticos, mas sim das ideias e princípios políticos.
O autor, que deve ser anti-comunista, conclui um pouco precipitadamente, face aos acontecimentos de 1989, que o comunismo falira e o liberalismo ocidental triunfara. Se o autor ainda vivesse em 2013, por certo observaria como essa conclusão era precipitada: a RPC caminha para uma posição de domínio que configura o triunfo não só do comunismo, como também do Oriente.
Este surgimento da China não era previsível em 1990, o que desculpa o autor. Porém, ao mesmo que o desculpa, mostra porque em História não se deve nunca falar nos últimos trinta anos. ( )

L'Ancien Régime et la Révolution

Cette introduction en trois volumes est un classique de la littérature historique et politique. Comme de nombreuses œuvres de René Rémond, l’Historien de Science Po invite son lecteur à questionner politiquement l’histoire, à questionner les héritages consentis et contestés, le présent.

Sans réelle prétention érudite, ce livre se veut un excellent rappel des questions qui éclairent notre siècle. En faisant un point utile sur le vocabulaire que les historiens emploient régulièrement et en posant quelques définitions préalables sur des concepts, René Rémond fait œuvre utile.

Cet ouvrage sur la Révolution française met aussi en lumière une vision de l’histoire qui interroge quelques concepts fondamentaux demeurant d’actualité : despotisme éclairé, société féodale, partis, coup d’Etat…

Le découpage chronologique est pertinent. Cependant, l’analyse sur le féodalisme est datée, incomplète et lacunaire comme une importante partie de cette étude ; comme le reste des bouquins d’ailleurs. On appréciera cependant le style et quelques formules heureuses de l’auteur. ( )