Os contos são fraquinhos. Embora a visão socialista do autor transpareça em todos os parágrafos, o pior defeito são mesmo os ilogismos. No Gigante Egoísta, por exemplo, toda a história gira em torno de um gigante que não deixa as crianças brincar no seu jardim. É punido por isso, presumivelmente por deus (ou talvez metaforicamente), uma vez que no seu jardim o inverno se torna eterno. Quando as crianças penetram no jardim por um buraco no muro, a primavera regressa. O gigante percebe o seu erro e torna-se amigo das crianças. O conto termina puxando à lágrima com um menino jesus de chagas nas mãos a chamar o gigante para o seu jardim no paraíso. Toda a moral está errada. A violação dos direitos de propriedade, o egoísmo transformado em altruísmo à custa de castigos e do reconhecimento do interesse próprio, etc. A narração do audiolivro é mediana. A "música" de fundo é execrável, destruindo o pouco valor que sobrava aos contos de Wilde. ( )