João Paulo Oliveira e Costa
Auteur van O Império dos Pardais
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Werken van João Paulo Oliveira e Costa
A descoberta da civilizacao japonesa pelos portugueses (Coleccao Analecta transmarina) (Portuguese Edition) (1995) 3 exemplaren
Descobridores do Brasil: exploradores do Atlantico e construtores do Estado da India (2000) 2 exemplaren
Conquista de Goa, 1510-1512 1 exemplaar
Portugal e o Japão - O Século Namban 1 exemplaar
História da Expansão do Império Português 1 exemplaar
A DAMA DO QUIMONO BRANCO 1 exemplaar
Bulletin of Portuguese/Japanese Studies 1 exemplaar
XOGUM - O SENHOR DA JAPÃO 1 exemplaar
Cartas ânuas do colégio de Macau (1594-1627) 1 exemplaar
Encontro Portugal-Japão 1 exemplaar
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Todos os factos historicamente importantes, até os nem assim tão importantes, são referidos neste romance, inclusive o desastre de Mamora tão esquecido nos manuais escolares. O historiador por trás do romancista, não resistiu à tentação de mostra a sua erudição. Para isso, utilizou personagens marginais para descrever outras visões religiosas, a vivência dos índios brasileiros, a vida dos muçulmanos de Marrocos, as relações intra-islâmicas, o quotidiano dos povos de Lisboa, etc. Narrativas que nada adiantam à história de Miguel, Teresa, Vasco e Violante/Constança, porque não é história deles que o autor quis contar, mas sim a história do Império Português no tempo de D. Manuel I e, para atingir esse desiderato, essas pequenas narrativas, aparentemente marginais, são necessárias.
Tem momentos de leitura empolgante. As ligações entre os vários momentos da narrativa ou entre as diferentes narrativas aninhadas, é sempre bem feita. Porém, por vezes, o desenvolvimento da erudição do autor torna-se maçador.
No capítulo XIX – Redenção – o autor deixou de ter o apoio das fontes históricas e dando asas à sua imaginação, criou uma ficção pouco verosímil a Violante/Constança para explicar a sua traição a Miguel Castro. Como é possível que tão ilustre espia de D. Manuel I estivesse tão à mercê de uma casa de mercadores estrangeiros? E como poderia o barão estar a par dos segredos de Constança e ter, simultaneamente, a confiança da casa italiana? Quanto a mim a obra teria a ganha com a eliminação deste capítulo XIX. O rapto de Teresa, já estava convenientemente explicado e esse capítulo apenas acrescentou confusão e um toque de inverosimilhança.
Em jeito de balanço final verifica-se que temos aqui um romance que se lê com muito agrado e que presta um excelente serviço à História.… (meer)